segunda-feira, 22 de junho de 2009
Zé do Vale Feitosa, poesia para uma foto!
Tudo é grande,
O sopro musical,
Dos trompetes, trombones e trompas.
Uma tuba tenor?
Baixo ou contrabaixo?
Bombardino dos dobrados de antão?
Um maestro da face concentrada,
Carregando o público às costas,
Uma bandeira que espia,
E os pulmões que cantam.
Tudo tão praça,
Tão rua que espia lá longe,
Quando ainda não era o que é.
Um cometa de saudades.
Mas não é aí que a imagem se encontra.
É naquele ser pequeno,
Tão diminuto na lente que amplia,
E seu olhar intrometido na formação,
Da banda em festa.
Certo que um olhar navegado,
Pelas notas que encantam seu respirar,
As orelhas saltam em resposta de presença,
E a desgrenha de seus cabelos maroto.
E que boca concentrada,
Já ensaiando um dia que assim tocará,
Torcendo os lábios em antecipações,
Das emanações que um dia florirá.
E ele nos diz isso.
Poesia: Zé do Vale!
Foto: Pachelly
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