Que planetas são estas esferas soltas,
De simples distinção,
Entre o construir e o desconstruir!
O que arquiteta o homem?
O que edifica que não o humaniza?


Tijolos egolátricos, assentados no alicerce da alma.


Em sua infinda procura pelo que está acima de tudo,
Que não está ao lado com todos,
Marcha a engenharia da ruína humana!
Servente é o que somos, pensando mestre ser,
Construindo escombros nos subterrâneos de nossos mundinhos


Enquanto perdure o engano,
Somos tão bons de disfarces e tão teatrais,
Que não nos reconhecemos atuando
Em nossos planetas contidos,
Demolindo o que não compreendemos, e nisso, nós!


Em nossa operária retórica,
Entendemos que nos damos melhor
Em nossa- auto-órbita,
Deixando por menos, omissa, nossa omissão,
Fingindo não ser conosco, o convosco!


A ilusão da supremacia sobre todas as coisas
É uma argamassa mal preparada,
Dando sustentação às colunas
Da inverídica verdade-absoluta,
A de que somos o Central-Parque do universo.

Nota do autor: Todas as fotos foram feitas em formatos Raw,
convertidas para JPG. Não contém artifício do photoshop.
O mesmo tratamento que se dar as fotos convencionais, foram
aplicados neste ensaio. São portanto, fotos como qualquer outra.
Pachelly Jamacaru
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